Apesar de há já alguns meses se terem dado inicio aos ensaios com vista a criação de um grupo que pudesse vir a fazer algo em prol do fado, nomeadamente animar alguns serões durante as longas noites de Inverno em espaços fechados, tais como restaurantes ou associações, o que é facto é que oficialmente o grupo de guitarras «ECOS DO FADO» só surgiu com esta designação, em 20 Janeiro de 2002, passando a partir de então a ensaiar com regularidade.
Nessa altura, faziam parte do grupo «ECOS DO FADO» alguns fadistas e tocadores, restando destes últimos apenas dois dos seus fundadores: o guitarrista José Alvernaz e o viola, Isaac Silveira. Os restantes elementos que faziam parte do projecto inicial, por razões diversas, foram-se afastando, havendo por isso necessidade os substituir. Foi nesse contexto que passaram a integrar o grupo, o guitarrista José Gaspar e o viola baixo José Raposo e mais recentemente, o Marco Quaresma, também este executante de guitarra portuguesa.
Durante essa fase algo conturbada da «vida» do grupo, que indiciava ter a sua continuidade deveras comprometida, surge entre nós o José Felício, vindo do continente português, o qual que por razões profissionais fixou na cidade da Horta onde permaneceu durante aproximadamente três anos.
Sendo um elemento com larga experiência como tocador de viola e acompanhante do fado, a nosso pedido, passou a integrar o grupo, tendo-lhe então incutido uma nova dinâmica em termos musicais.
Foi por proposta do José Felício, que a partir de 2003 o grupo de guitarras «ECOS DO FADO», em boa hora, passou a ser exclusivamente um grupo de guitarras, cujo objecto é acompanhar todos os fadistas que desejem cantar o fado.
A partir de então, e já com a nova situação bem definida, o grupo de guitarras «ECOS DO FADO», não só continuou a ensaiar com regularidade, como também a traçar objectivos, que felizmente tem vindo a ser concretizados. Destacando-se vários encontros de fadistas que tem reunir num só espectáculo, fadistas das ilhas do Faial, São Jorge, Pico e Flores. Esses encontros já tiveram lugar em todas as ilhas acima referidas.
Destaque também para várias presenças do grupo de guitarras «ECOS DO FADO» em programas televisivos na RTP Açores, tais como: «Casa dos Açores», «Atlântida» e «Bom Dia», todos transmitidos em directo, sendo os dois primeiros para a RTP Internacional.
O grande sonho de todos aqueles que fazem parte deste grupo, bem como dos fadistas que lhe emprestam a sua voz, é que um dia as nove ilhas dos Açores se unam pelo fado, num espectáculo único, a ter lugar na ilha que foi pioneira destes encontros, a ilha do Faial.
Fica aqui o desafio a todos aqueles que de uma ou de outra forma possa dar algum contributo para que este sonho um dia se possa tornar realidade.
Poderá parecer utópico, mas como diz o poeta, é o sonho que comanda a vida.
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